Alex Flemming, Sistema Uniplanetário - In Memorian Galileo Galilei
Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, October 13-December 14, 2008



O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta a partir do dia 13 de outubro, sob a curadoria de Thereza da Arruda,  a mostra "Sistema Uniplanetário" - In Memeoriam Galileo Galilei" do artista brasileiro Alex Flemming. A exposição tem como objetivo principal trazer ao público discussões de caráter totalmente contemporâneo como o contraponto entre o poder e a fé, além de conflitos territoriais. Muito do trabalho de Flemming pode ser caracterizado como autobiografico, já que o fato de ter nascido no Brasil permitiu ao artista vivenciar toda a pluralidade gerada por anos de ondas migratórias.

A instalação procura fazer uma clara referência ao Sistema Solar, porém este composta apenas por um único planeta: Terra.



A exposição "Sistema Uniplanetário" do artista brasileiro Alex Flemming apresenta seu mais recente trabalho. A prática artística de Alex Flemming muitas vezes é voltada a um carácter autobiográfico, que é acompanhada de uma internacionalidade atual dos fatos, por exemplo, a discussäo entre Identidade e Pertencimento, a contradição do poder da Fé, o conflito entre fronteiras adversas. Alex Flemming reflete em seu trabalho sobre questões de História e de Política, sempre através de metáforas e de uma maneira poética e sutil. Já como artista bastante jovem em São Paulo apresentou a sua série "Natureza Morta", denunciando a prática da tortura contra presos políticos no Brasil durante a ditadura militar. No início dos anos 90 criou uma constelação de fotos gigantes sobre plástico PVC : torsos com mapas de guerra tatuados em seus corpos, discutindo de uma maneira plástica o Corpo versos a Identidade. E a partir de 2002 fez seus objetos "Tapetes Voadores" - recortes de tapetes orientais em forma de silhouetas de aviões, que pairam nas paredes nos ameaçando com as memórias do 11 de Setembro.

O trabalho "Sistema Uniplanetário" - In Memeoriam Galileo Galilei" mostra em movimento e de uma maneira quase lúdica todas as relações que unem o mundo, que na prática se encontra em uma sincornização rítmica. A instalação em si constroe uma poética e louca metáfora do Sistema Solar, porém aqui o repertório é feito por um único planeta, que se movimenta em torno de si mesmo, várias vezes e de diferentes pontos de vista. O pequeno planeta Terra se torna um grande e gigantesco Cosmo, dividido em vários outros mundos, nos quais a Vegetação, a Água, o Ar e os Seres Viventes existem e se corelacionam em um sistema organânico que tudo conecta e influencia. Nascer no Brasil significa ser protagonista do multiculturalismo. As várias ondas migratórias de diferentes etnias, crencas, e visöes de mundo proporcionaram no Brasil uma flexibilidade da vida e uma visão anti-dogmática do universo, tanto micro quanto macro. Contra os dogmas, Galilei quase foi condenado para morrer na fogueira. Ele foi o primeiro construtor do telescópio, a pessoa que propos o uso de pendulos em relógios, descobriu os satélites de Jupiter e também mostrou cientificamente que a Terra se move e que portanto näo é o centro imóvel da criação divina. Ele contradisse o poder da igreja católica, matematicamente. No tribunal, a pergunta era : "Se move o Sol ou se move a Terra?". Alex Flemming agora sugere com sua instalação uma nova resposta.

Tereza de Arruda, curadora


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Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro [visit website]
Av Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo
20021-140 Rio de Janeiro RJ Brasil
opening October 12, 16.00-19.00
Exhibition Period: October 13-December 14, 15.00-20.00